quinta-feira, 7 de abril de 2011

O risco do uso indiscriminado do Escore de Framingham

Vendo e revendo a questão da recomendação ministerial do uso do escore de Framingham fiquei intrigado com a seguinte indagação: Pode um consenso voltado para um perfil populacional responder a anseios de outro perfil populacional?

O escore de Framingham leva em conta o perfil lipídico, perfil pressórico, etilismo, tabagismo e glicemia de jejum. Ele foi  criado a partir da Coorte da cidade homônima de Massachussets, nos EUA. Por isso mesmo, ele leva em consideração o perfil dessa cidade americana. Como sabido, estudo populacionais (Pizzichinni, 2005) faz-se necessário que haja uma validação de um protocolo de estudo quando se muda de um lugar para outro, não achei nada sobre isso nos textos do ministério da saúde. Hoje se preconiza a utilização do escore largamente mas não se faz nenhuma ressalva sobre as diferenças populacionais e já se começa a vê-lo como algo definitivo. É preciso cuidado!

Ter o escore de Framingham de 10% significa aumento das chances de desenvolver eventos cardiovasculares nos próximos 10 anos. Sendo que os eventos seriam "complexos" ou "severos" como infarto do miocárdio ou  evento coronariano.

De qualquer forma, apesar da colocação acima, como referência o escore é de bom.

Aqui, alguns links que trabalham o escore e calculam-no:
Teste o escore de Framingham
Texto do Ministério da Saúde sobre o escore de Framingham e sua utilidade
Artigo original sobre o escore

Publicado originalmente por Ricardo Alexandre de Souza em http://medicinadefamiliabr.blogspot.com

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